Parece que o impasse sobre a formação da chapa governista para as eleições estaduais de 2026 está chegando ao fim. Em uma reunião reservada realizada no último fim de semana, em Campina Grande, o governador João Azevêdo (PSB)confirmou que será candidato ao Senado Federal, consolidando sua saída do Governo da Paraíba em abril do próximo ano.
A informação foi inicialmente divulgada pelo jornalista Bruno Pereira e, segundo ele, confirmada pelo próprio governador durante o encontro, que contou com a presença de Hugo Motta, presidente nacional do Republicanos e atual presidente da Câmara dos Deputados.
Com a definição de Azevêdo, a chapa majoritária da base governista parece ter sido selada, envolvendo três partidos estratégicos: PSB, PP e Republicanos.
João Azevêdo (PSB) – Candidato ao Senado Federal
Lucas Ribeiro (PP) – Atual vice-governador e pré-candidato à reeleição ao Governo do Estado
Adriano Galdino (Republicanos) – Presidente da Assembleia Legislativa, indicado como candidato a vice-governador
Nabor Wanderley (Republicanos) – Prefeito de Patos, apresentado como segunda opção ao Senado
O nome de Nabor Wanderley surge como alternativa ao Senado pela cota do Republicanos, o que exigiria sua renúncia à prefeitura de Patos ainda em 2025, caso a candidatura se confirme. Já Adriano Galdino, um dos nomes mais articuladores da base, consolida sua posição como provável vice de Lucas Ribeiro, reforçando o elo entre o Legislativo e o Executivo.
Um ponto que gerou surpresa nos bastidores foi a ausência do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), nas negociações. Apesar de aparecer bem posicionado nas pesquisas internas como possível nome ao Governo, Cícero não foi consultado nem para encabeçar a chapa, nem para indicar qualquer nome. A exclusão sugere uma estratégia definida sem a participação direta da capital, possivelmente refletindo divergências de bastidor.
A articulação entre os três partidos indica um esforço claro para evitar rachas internos e unificar a base governista, criando uma chapa forte e com ampla capilaridade regional. Com João Azevêdo rumo ao Senado, Lucas Ribeiro assumindo o comando do Estado e o Republicanos ocupando dois espaços estratégicos (vice e possível senador), a composição busca equilíbrio e representatividade.
Resta saber como os demais atores da base — e os aliados até então silenciados, como Cícero Lucena — irão reagir a essa costura. Mas, ao que tudo indica, PSB, PP e Republicanos já bateram o martelo.